Venezuela e Irã: A Aliança Secreta que Ameaça a Segurança da América do Sul

Introdução à Nova Geopolítica Sul-Americana

A aproximação entre Venezuela e Irã ao longo das últimas décadas tem levantado sérias preocupações na comunidade internacional. O que começou como uma parceria comercial evoluiu para um acordo estratégico-militar, envolvendo transferência de tecnologia, operações clandestinas e colaboração direta com grupos terroristas. Essa aliança, construída em silêncio, está transformando a Venezuela em um ponto de apoio iraniano no continente sul-americano — uma verdadeira base operacional no quintal do Brasil.

Venezuela e Irã: A Aliança Secreta

Das Relações Comerciais à Cooperação Militar

A origem dessa relação remonta a 1960, com a fundação da OPEP. O Irã e a Venezuela, ambos membros fundadores, começaram uma relação que ganharia novos contornos nos anos 2000, quando Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad intensificaram os laços com discursos antiamericanos. A partir daí, foram firmados centenas de acordos bilaterais, muitos deles inicialmente voltados ao setor energético.

No entanto, nos últimos anos, a cooperação se estendeu à área militar. A transferência de tecnologia bélica, a presença da Guarda Revolucionária Iraniana e a produção de drones militares são hoje realidades que mostram o avanço dessa perigosa parceria.

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Incidentes Ambientais e a Ineficácia Técnica Iraniana

A colaboração técnica também deixou sua marca — negativa. Em novembro de 2024, um grave vazamento de petróleo ocorreu na Península de Paraguaná, na refinaria de Amuay, uma das maiores da Venezuela. A estatal petrolífera venezuelana, PDVSA, acionou técnicos iranianos para lidar com a crise, mas há indícios de que eles poderiam ter sido responsáveis pelo incidente.

Desde então, foram registrados mais de 25 acidentes semelhantes em todo o país, todos vinculados à cooperação técnica iraniana. Essa situação evidencia a crescente dependência da Venezuela do suporte técnico do Irã, marcada por negligência operacional e falta de capacidade, o que tem preocupado países vizinhos como o Panamá e a Colômbia.


Ameaça Militar: Drones de Combate e Presença da Guarda Revolucionária Iraniana

Mais alarmante que os danos ambientais é a crescente cooperação militar secreta entre os dois países. Na base aérea Libertador, em Palo Negro, funciona uma fábrica de drones administrada pela Venezuela em parceria com a Guarda Revolucionária Iraniana.

Entre os modelos produzidos estão os drones Shahed, usados pela Rússia na guerra da Ucrânia, além da versão venezuelana chamada Zamora. A operação é conduzida pelas Forças Quds, braço da Guarda Revolucionária responsável por operações externas clandestinas em diversos países, incluindo Síria e Oriente Médio.

Essa presença representa um risco direto à segurança regional e ao equilíbrio de poder na América do Sul. O grupo terrorista Hezbollah, aliado do Irã, também estaria infiltrado na Venezuela, participando da segurança do governo e do treinamento das milícias locais.


Milícias Bolivarianas e o Treinamento Iraniano

As milícias bolivarianas venezuelanas, que atuam como um segundo exército paralelo, são treinadas diretamente por iranianos. Essa estratégia segue o modelo comum a regimes autoritários que buscam assegurar o poder criando forças leais ao líder, diferentes das forças regulares.

Esse treinamento militar tem profunda relevância geopolítica. A Venezuela integra um chamado Eixo das Ditaduras, composto por Rússia, China, Coreia do Norte e o próprio Irã. Em meio a essa rede, a Venezuela tem adotado posturas agressivas, como a ameaça de invadir o território do Esequibo, disputado com a Guiana, o que inclui preocupações diretas para o Brasil, cuja fronteira poderia ser cruzada.


Cooperação Financeira e Burlas de Sanções

Além da área militar, Venezuela e Irã mantêm vínculos financeiros para driblar sanções internacionais. A Venezuela, sujeita a restrições que atingem setores como o ouro, envia esse recurso para o Irã. Por sua vez, o Irã fornece petróleo refinado em troca.

Esse ouro é transportado por uma companhia aérea iraniana sancionada pelos Estados Unidos, a Mahan Air, e posteriormente enviado para destinos como a Turquia, servindo para financiar as operações das Forças Quds e outros grupos terroristas, tanto no Oriente Médio quanto na América do Sul.


Aprofundamento Político e Segurança da Liderança

Em 2022, líderes iranianos e venezuelanos firmaram um acordo para que a alta cúpula do Irã pudesse buscar refúgio na Venezuela em caso de ameaças ao regime iraniano. Este pacto reflete a profundidade das relações entre os dois países.

O embaixador iraniano na Venezuela possui influência equivalente à de um ministro, coordenando áreas militares, energéticas e comunicacionais. Em novembro de 2024, ele intermediou reuniões de alto nível entre os ministérios da Defesa iraniano e venezuelano, mantendo o status quo da cooperação.


Conclusão: Um Cenário de Risco para a América do Sul e o Brasil

O mundo vive um período de instabilidade crescente, com o fortalecimento do Eixo das Ditaduras e o agravamento da crise venezuelana, marcada por corrupção e vínculos com o crime organizado e o tráfico de drogas. A entrada do Irã, uma potência acusada de terrorismo, agrava ainda mais a situação.

O envolvimento desses atores cria condições propícias para a ampliação do crime organizado e da violência na América do Sul, especialmente no Brasil, onde o controle das fronteiras amazônicas é desafiador.

A produção de drones militares iranianos na Venezuela, a cooperação entre milícias e grupos terroristas e a possibilidade de incursões militares regionais são sinais de alerta que exigem atenção imediata das autoridades brasileiras e internacionais.

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Trabalho na internet desde 2019 criando conteúdo sobre sites e Geopolítica a fim de ajudar as pessoas a se manterem informadas e se tornarem melhores

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